quinta-feira, 9 de maio de 2013

Entrevista Street Bulldogs


[#28 Ano 1] Mai 2013
[Memória]

No segundo post da seção Memória da e-zine, uma entrevista que realizei pelo Valepunk, em 2006, com o Sonrisal, guitarrista do Street Bulldogs. 




>>> Em março/abril vocês estiveram em uma turnê pela Europa. Quantas turnês européias já aconteceram na história do Street Bulldogs? 

Bom, essa foi a primeira turnê européia do Street Bulldogs. Foi do caralho, tocamos na Alemanha, França, Suíça, Bélgica e Espanha. Esperamos voltar ano que vem ou no outro novamente e de repente licenciar algum disco por lá. 

>>> Sei que em 99 vocês estiveram em uma turnê com Agnostic Front, que inclusive passou pela Argentina. Depois de 99, rolaram mais outras pela América Latina ? 

Não rolou mais nada. Essa turnê na Argentina e essa Européia foram as duas únicas vezes que saímos do país para tocar. 

>>> Essas turnês são sempre iniciativa de quem ? 

Tudo sempre parte da banda. Desde fazer um show, como gravar um CD quanto a turnês. 

>>> Como rolou essa parceria com Twisted Minds nesta ultima tour? 

O Twisted Minds já havia vindo ao Brasil para uma tour com o Street Bulldogs e mais outras bandas ano passado (Vans Zona Punk Tour). E foi muito foda, os caras adoraram tocar aqui, conquistaram um público legal e o nosso lance era essa “troca de tours”. Portanto esse ano eles fizeram a parte deles agendando nossos shows pela Europa. 

>>> Como é aceitação do publico da gringa em relação a banda? O pessoal compra material, interage com a banda? 

A aceitação foi ótima. Tocamos em vários lugares dos mais diversos tipos. Desde bares de musica de todos os tipos, como clubes e até squats. Pra quem não sabe, squats são residenciais ou prédios abandonados que são “invadidos” por punks que arrumam o local, tomam conta e muitas vezes transformam em centros de cultura. Um puta negócio legal que não temos aqui. Todos esses shows vendeu bastante merchandise e todas as pessoas se interessavam bastante pela banda. O detalhe é que o item que primeiro se esgotou foi o 7”EP “Screaming for Anarchy” de 1994, por ser em vinil. No segundo show já não tinha mais o compacto. E teve gente que comprava 3 ou 4 iguais. Muito foda.

>>> Explique como rolou a substituição do Koala, que não pôde participar desta turnê. 

O Koala estava todo enrolado com o lançamento do disco do Hateen. Na situação deles não dá pra tirar um mês de férias para viajar com a gente né. Por sorte estava na mão e praticamente no gatilho o Mauro, baixista do Blind Pigs. Nisso o Sanmy passou o baixo para o Mauro assumir e tocou guitarra nessa Turnê Européia. 

>>> Quem acompanha a banda percebeu que o Street vem fazendo poucos shows no Brasil, sobretudo em São Paulo, comparando-se com algum tempo atrás. Comente esta situação. 

Bom, o Street Bulldogs é uma banda velha! São 13 anos de estrada e muito hardcore pelo Brasil todo e agora até fora dele! Todo mundo tem outras ocupações e prioridades na vida. Não podemos mais dar a prioridade que sempre dávamos a banda. É realmente o fator “envelhecer” da coisa. O tempo é bem mais escasso, as possibilidades novas também. Todo mundo está focando em outras direções em suas vidas nesse momento. 

>>> E como foi o processo do seu retorno (Sonrisal) a banda. 

Poxa, eu estou praticamente desde sempre na banda. Pra mim a impressão é que eu tirei umas férias de 3 anos da banda, em que eu montei o Aditive e demos um puta ralo começando do zero mais uma vez, e agora eu posso me dar ao luxo de voltar e manter as duas bandas sem problemas. Eu sempre fiz shows com o Street mesmo quando estava fora da banda. Sempre que alguém não podia ir fazer um show, eu substituía. 

>>> E os planos para esse ano e pro futuro? 

Para esse ano vamos continuar pegando leve. Ensaiando.. fazendo algumas músicas novas e de repente podemos até gravar um novo disco. Essa parte da banda não vai parar. 

>>> Obrigado pela entrevista. Mande uma mensagem final para os leitores. 

Valeu você pela entrevista e um grande abraço a todos que estão lendo e os fãs do Street Bulldogs. Sem vocês a banda não existiria a tanto tempo! Go hardcore!



emprestado do Valepunk

[esubverta@gmail.com] 
[apoiando e divulgando a cena independente]
[saia de casa e vá para os shows] 

Nenhum comentário:

Postar um comentário