sábado, 8 de junho de 2013

Terça-feira tem mais

[#137 Ano 1] Jun 2013
[subverta]

O protesto pela redução das tarifas do transporte público tomou as ruas de São Paulo pelo segundo dia seguido. Cerca de 5 mil manifestantes saíram do Largo da Batata, em Pinheiros, nesta sexta-feira (7), e seguiram pela Avenida Faria Lima. Depois passaram pela rua Eusébio Matoso rumo à Marginal do Pinheiros, até chegarem na Avenida das Nações Unidas. A manifestação durou cerca de uma hora e meia.



Um forte aparato da polícia militar cercou os manifestantes durante todo o trajeto. Mesmo o protesto seguindo de maneira pacífica, policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo nas pessoas, causando irritação nos olhos de quem passava pelo local. Os manifestantes prosseguiram a caminhada até chegar novamente no Largo da Batata. O protesto terminou sem nenhum ferido.
“Esse protesto foi espontâneo, as pessoas estavam animadas, com vontade de protestar e elas mesmas tiveram uma demanda de seguir as manifestações nessa semana”, diz Marcelo Hotimsky, membro do Movimento Passe Livre (MPL).
Ao longo do trajeto, comerciantes, passageiros e pessoas que estavam em bares saíram para ver o que estava ocorrendo. Muitas até ergueram os braços junto com os manifestantes e gritaram as palavras de ordem. “Esse aumento da passagem é uma roubalheira. Eu apoio a causa”, disse uma comerciante.
Para Hotimsky, a dura repressão da polícia militar durante o ato dessa quinta-feira (6) na avenida Paulista, fez com que diversas pessoas ficassem revoltadas e aderissem ao protesto junto aos movimentos sociais. Durante o primeiro dia de protesto, a PM reprimiu duramente os manifestantes, deixando vários feridos, de acordo com o MPL.
“Grande parte das pessoas que estavam na rua viram a truculência da polícia. Elas também ficaram indignadas e vieram pra cá”, completou.
As tarifas de trem, metrô e ônibus subiram de R$3,00 para R$3,20 no último dia 2. O objetivo do MPL é conseguir a revogação do aumento. Além disso, o movimento reivindica o direito real ao uso coletivo do transporte público.
A reportagem procurou tanto a assessoria de imprensa da prefeitura quanto a do governo do estado para comentar o caso, mas não obteve respostas até o fechamento dessa matéria. Um novo protesto está marcado para a próxima terça-feira (11), às 17h, na Praça do Ciclista, na avenida Paulista.
Fonte: Brasil de fato.


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